domingo, outubro 24

Um amor de Rotina



Eu não sou muito afeita a poesia. Gosto de algumas coisas. Uma aqui, outra acolá. Gosto mesmo é da prosa... e de prosear, como dizem por aqui. Acho que por isso eu escolhi a profissão dos que narram. Ou quem sabe, seja só o acaso.

O fato é que quando gosto do poema, é porque sinto como se o tivesse. Como se fosse meu e para mim. Porque me traduz, ou me explica, seja com duas dúzias de estrofes ou com dez palavras soltas. 

E acredite, meu caro, não tenho propriedade nenhuma para julgar um poema. Só sei do que gosto e isso me basta. Não entendo os pormenores da arte literária, só sei do que me apetece. Então não me julgue pela simplicidade do que ler a seguir:

Adoro Elisa Lucinda. A cantora, a atriz, a multitarefas, mas especialmente, a poetisa. Me atrai essa faceta de desenhar o cotidiano com frases ‘café com leite’. Parece arroz soltinho, com feijão preto e ovo frito, mas é tão bom, que você esquece do quanto é simples.

Um dos meus preferidos se chama ‘Termos da nova dramática (Parem de falar mal da rotina)’. E pra quem vive um amor de 10 anos, cai como luva. Porque vivo de rotinas e amo as fases pelas quais passei. Soube aproveitar cada momento e cada estilo de rotina e continuo amando e me enxergando no brilho dos olhos de quem amo. Porque essa rotina só é rotina quando é enfadonha, quando cansa e tira a vontade de estar junto.

As rotinas se reciclam com as pessoas...

No post abaixo, a transcrição do poema:

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